sexta-feira, 29 de junho de 2012

A impressora que não usa tinta e nem papel


Ficou curioso com o título? Não, não foi erro de digitação! A empresa japonesa Sanwa Newtec desenvolveu uma impressora que não utiliza cartuchos de tinta e nem papel. Então como funciona?

A impressora utiliza calor sobre uma mídia especial feita com filme de PET (polietileno tereftalato, o mesmo material utilizado nas garrafas plásticas de refrigerante). Esta variação de calor consegue apagar e marcar novamente a mídia, fazendo com que ela possa ser reutilizada até 1000 vezes com qualidade. Nada de tintas!

A empresa ainda afirma que a definição e o contraste da mídia é melhor do que nos papéis convencionais. Algumas aplicações sugeridas pela Sanwa Newtec são a impressão de: relatórios diários, calendários, avisos, informativos etc.

Por enquanto a impressão é feita somente na cor preta em mídias tamanho A4 ou A5. Ao final de sua vida útil, a mídia pode ser reciclada junto com outros resíduos de PET.

O custo ainda é alto: a impressora custa cerca de US$ 5.500 e cada mídia custa cerca US$ 3,50. Mas como a evolução tecnológica é extremamente rápida, quem sabe daqui alguns anos o produto não se torne mais versátil a um custo mais competitivo?

themarketingreen

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Cinco animais que foram os últimos de suas espécies


No último domingo, a imprensa noticiou a morte de George Solitário. Esse simpático macho das tartarugas gigantes de Galápagos, no Equador, foi resgatado em 1972 de um grupo de caçadores na ilha de Pinta, e desde então vivia no Parque Nacional de Galápagos. Ninguém sabia ao certo sua idade, mas as estimativas diziam que ele deveria ter por volta de 100 anos. George ganhou o apelido de solitário porque não tinha muito interesse em acasalar: tentativas foram feitas com fêmeas de outras subespécies de tartarugas gigantes, mas nenhuma com sucesso.

George era o último da subespécie Chelonoidis nigra abingdoni, que agora pode ser considerada como extinta. As outras subespécies de tartarugas gigantes também estão ameaçadas: há apenas cerca de 20 mil tartarugas nas ilhas de Galápagos.

Assim como George, outros animais ficaram conhecidos como os últimos de suas espécies. Confira abaixo:

Incas, o último periquito nativo do leste dos EUA
A espécie Conuropsis carolinensis era encontrada em uma área dos Estados Unidos que vai de Ohio ao Golfo do México. O último selvagem da espécie foi morto no começo do século XX. Sobreviveu em cativeiro o casal Lady Jane e Incas. Lady Jane morreu em 1917, e um ano depois foi a vez de Incas. A espécie foi extinta por causa da caça e da destruição de habitat.






Martha, o último pombo passageiro
Caça e desmatamento também foram causas para a extinção do pombo passageiro, a espécie Ectopistes migratorius. A espécie era migratória, e algumas estimativas contam que havia bilhões de exemplares na América do Norte antes da chegada dos europeus. O último animal vivo foi Martha, que morreu em 1914 no zoológico de Cincinnati, em Ohio.







Benjamin, o último tigre da Tasmânia
Acredita-se que a espécie Thylacinus cynocephalus, conhecida como tigre ou lobo da Tasmânia, foi extinta na Austrália antes da chegada dos europeus. Mas ela sobreviveu em ilhas próximas, como na Tasmânia (um estado da Austrália), até o século XX. O último animal da espécie ficou conhecido como Benjamin, apesar de alguns cientistas acreditarem que era uma fêmea. Benjamin morreu em 1936, no zoológico de Hobart, Tasmânia. Na época, biólogos suspeitaram que a causa da morte foi negligência: ele foi exposto a variações climáticas muito fortes, com dias quentes e noites extremamente frias.

A galinha Ben
Tympanuchus cupido cupido, uma subespécie de galinha, era comum nos Estados Unidos no período colonial, mas uma série de problemas contribuiu para a sua extinção, de incêndios florestais até animais sendo atropelados por carros. O último animal da espécie foi o “Booming Ben”. Por três anos, Ben foi visto cantando, na expectativa de que atrair uma fêmea. A última vez que ele foi visto foi em 1932.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Nova privada transforma dejetos em eletricidade e fertilizantes


Relaxe e goze curtindo essa inovação que faz tão bem para o bolso e o meio ambiente. Veja o seu potencial nessa hora tão relaxante. Se instalada em banheiros públicos, ela pode economizar 160 mil litros de água por ano.

Cientistas do Nanyang Technological University (NTU), em Cingapura, divulgaram uma forma de reaproveitar dejetos humanos e diminuir o desperdício de água: criaram um novo sistema deprivada que transforma excrementos em fertilizantes e energia elétrica. Além disso, a novidade reduz em 90% o uso de água para descarga, comparado ao sistema em voga em no país.

O No-Mix Vacuum Toilet separa líquidos de sólidos em duas câmaras. Dos fluidos, a câmara de processamento retira nitrogênio, fósforo e potássio usados em fertilizantes. Os dejetos sólidos são digeridos por um biorreator até liberarem um biogás, que contém metano. A substância pode substituir o gás natural empregado em fogões ou ser convertido em eletricidade para usinas e células de combustível [baterias que convertem energia química em térmica e elétrica].

A água usada do chuveiro, da pia da cozinha e da lavagem de roupas pode ser aproveitada por esse sistema de drenagem, em vez de requerer tratamento de água. O mesmo vale para o biorreator, que processa também lixo orgânico.

E onde entra a economia de água? Com sucção a vácuo, como a de banheiros de aviões, a privada precisa de 0,2 litros de água para eliminar líquidos e de 1 litro para sólidos. O sistema atual consome de 4 a 6 litros por descarga.

Segundo a universidade, caso seja instalada em banheiros públicos, a nova privada pode economizar 160 mil litros de água por ano, supondo que sejam dadas 100 descargas por dia. Os pesquisadores pretendem testar os protótipos em dois banheiros da NTU e, se forem bem sucedidos, liberar o produto mundialmente nos próximos três anos.

NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL ONLINE

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Geofagia: o ato de comer terra


Novas descobertas sugerem que comer terra não é necessariamente patológico, mas apenas uma adaptação. Estão servidos?

Em 2009, um grupo de estudantes de biologia da Tufts University reuniu-se para comer terra. Eles moeram pequenos torrões de argila e ingeriram o pó para descobrir, pela primeira vez, o sabor desse material. Esse estranho teste de sabor era parte de um curso de medicina darwiniana oferecido por um de nós (Starks). Os alunos estavam estudando a evolução da geofagia – a prática de comer terra, principalmente solos semelhantes à argila, coisa que animais e pessoas praticam há milênios.

O guia padrão de referência para psiquiatras – a quarta edição do Manual de Estatística e Diagnóstico de Transtornos Mentais (DSMI, na sigla em inglês) – classifica a geofagia como um transtorno de alimentação em que a pessoa consome coisas que não são alimentos, como cinza de cigarro e tinta de parede. Mas como os alunos viriam a descobrir, estudos culturais de animais e humanos sugerem que a geofagia não é necessariamente uma anormalidade – na verdade, ela é um tipo de adaptação. Os pesquisadores estão analisando o ato de comer terra sob um ângulo diferente e descobrindo que o comportamento geralmente serve para suprir minerais vitais e para desativar toxinas de alimentos e do ambiente.

Abordagem evolucionária

Uma forma de decidir se a geofagia é anormal ou adaptativa é determinar até que ponto o comportamento é comum em animais e em sociedades humanas. Como o comportamento é observado em muitas espécies e culturas diferentes, é provável que seja benéfico.

Atualmente parece não haver dúvida de que a geofagia é ainda mais comum no reino animal do que se pensava. Os pesquisadores observaram geofagia em mais de 200 espécies de animais, incluindo papagaios, veados, elefantes, morcegos, coelhos, babuínos, gorilas e chimpanzés. A geofagia também é bem documentada em humanos, com registros que datam da época de Hipócrates (460 a.C.). Os mesopotâmios e antigos egípcios usavam a argila medicinalmente: eles cobriam ferimentos com emplastros de barro e comiam terra para tratar de várias doenças, principalmente do intestino. Alguns povos indígenas das Américas usavam terra como um tempero e preparavam alimentos naturalmente amargos como noz de carvalho e batatas com um pouco de terra para neutralizar o amargor. A geofagia foi praticada com frequência na Europa até o século 19 e em algumas sociedades, como a etnia Tiv, da Nigéria, o desejo de comer terra é sinal de gravidez.

Uma explicação comum para o hábito de animais e pessoas ingerirem terra é que o solo contém minerais como cálcio, sódio e ferro, que mantêm a produção de energia e outros processos biológicos vitais. Como as necessidades desses minerais variam com a estação do ano, com a idade e com o estado geral de saúde dos animais, a geofagia é particularmente comum quando sua dieta alimentar não fornece minerais suficientes ou quando os desafios do ambiente exigem mais energia que o normal. Gorilas-das-montanhas e búfalos africanos que vivem em altas altitudes podem, por exemplo, ingerir terra como uma fonte de ferro que promove o desenvolvimento das células vermelhas do sangue. Elefantes, gorilas e morcegos consomem terra rica em sódio quando sua alimentação não contém quantidades suficientes desse elemento químico. Populações de elefantes visitam constantemente cavernas subterrâneas onde cavam e ingerem rochas ricas em sal.

Scientific American Brasil

Água potável a qualquer hora e lugar


A falta de água potável atinge uma parte considerável do nosso planeta e causa a morte de milhões de pessoas por ano. Ainda não se pode dizer que foi descoberta uma solução para esse terrível problema, mas uma garrafa que purifica água quase que instantaneamente é, no mínimo, uma ótima ideia.

Encha a garrafa com uma água qualquer, agite-a por 60 segundos e pronto: você terá 750ml de água potável! O produto revolucionário, denominado CamelBak All Clear, possui uma tampa equipada com luz UV-C e um cabo USB. Na tampa, há duas baterias recarregáveis de íon-lítio capazes de executar, em uma garrafa cheia, mais de 80 ciclos de purificação com uma carga completa.

A luz UV-C destrói o DNA de micróbios de todos os tamanhos, incluindo, bactérias, protozoários e vírus que são transmitidos pela água. A destruição do DNA de um micróbio impede a reprodução dos mesmos, e sem a capacidade de reprodução, eles são neutralizados e tornam-se inofensivos.

Entretanto, uma ressalva precisa ser feita: a falta de água potável é um problema que afeta, em uma maioria quase total, as famílias mais pobres do planeta; sendo assim, o preço que atualmente gira em torno de 100 dólares no mercado americano não seria adequado para a melhora dessas condições. Por outro lado, a possibilidade de criar um produto com uma função tão importante tem tudo para gerar ainda mais investimentos e baratear os custos de produção para, quem sabe, ajudar de verdade na distribuição de água potável.

Fonte: Ciclo Vivo

Jogo educativo “Pesque & Salve”



Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDMC), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP, lançou o jogo educativo “Pesque & Salve”.

O objetivo do jogo é estimular a conservação da água e a pesca esportiva. O jogador tem como meta pescar o maior número de peixes de modo esportivo e como recompensa poderá despoluir os rios, riachos e lagos, criando um ambiente saudável a cada meta vencida.

O jogo foi desenvolvido pela Aptor Games em parceria com o CMDMC. O CMDMC tem sede no Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Araraquara e é coordenado pelo professor Elson Longo.

O CMDMC desenvolveu diversos jogos eletrônicos educativos, que estão disponíveis gratuitamente em www.ludoeducajogos.com.br. O site já foi acessado por mais de 2,5 milhões de pessoas.


Agência FAPESP

terça-feira, 19 de junho de 2012

8 animais extintos que poderiam ser ressuscitados


Avanços na genética têm permitido sequenciar o genoma de animais extintos para trazê-los à vida novamente por clonagem. Mas é preciso um fóssil preservado para extrair DNA e uma espécie atual semelhante para a gestação. Abaixo, oito propostas inusitadas.

Tigre Dente de Sabre

Com dentes caninos superiores que chegavam a medir até 20 centímetros, o Smilodon, popularmente conhecido como Dente de Sabre, era um felino poderoso, que viveu a mais de 10 mil anos atrás. Mais robusto que os leões, esse mamífero conseguia abater um mamute inteiro com suas mandíbulas que se abriam num ângulo de 95 graus. Uma mordida bem dada podia levar sua presa a sangrar até a morte. Fósseis bem preservados da espécie foram encontrados no sítio arqueológico de La Brea Tar Pits, em Los Angeles, nos EUA, de onde é possível extrair informação genética.



Moa

Semelhantes aos avestruzes e emas, as Moas foram algumas das maiores aves que andaram pelo planeta, chegando a medir 3.6 metros de altura e pesar 230 quilos. Nativa da Nova Zelândia, elas viram seu habitat declinar com a colonização europeia e sua população reduzir até à extinção, há 600 anos, pela caça indiscriminada. Por ter desaparecido há pouco tempo, suas penas e ovos ainda podem ser encontrados relativamente intactos em fósseis. Pesquisadores também já extraíram seu DNA de cascas de ovos antigos para teste em projetos de clonagem.



Mamute peludo

Em 2011, um grupo de cientistas da Universidade de Kyoto anunciou suas intenções de clonar, num período de cinco anos, um exemplar do mamute peludo, extinto na última Era glacial, há mais de 11 mil anos. Para simplificar o processo, há a possibilidade de usar um elefante de hoje para dar a luz ao animal pré-histórico. Não falta informação genética sobre os mamutes. Em 2008, pesquisadores americanos conseguiram o feito inédito de sequenciar o DNA do mamífero a partir de pelos fossilizados encontrados no gelo siberiano. Mais recentemente, em abril de 2012, foi encontrado na mesma região uma carcaça inteira muito bem preservada de um mamute juvenil, morto há 10 mil anos.



Preguiça gigante

Outro bom candidato para a ressurreição é a preguiça gigante, que andou sobre a Terra há mais de 8 mil anos. Amostras de DNA já foram extraídas de restos de pelo intacto do animal, encontrados em sítios arqueológicos pelo mundo. O problema é achar uma mãe de aluguel que aguente carregar um bebê-clone deste mamífero de força descomunal com seus 4 metros de altura e 4 toneladas. Minúsculo, seu parente mais recente, o bicho-preguiça, não pode dar conta do recado. A esperança dos cientistas é um dia desenvolver o feto de uma preguiça gigante em um útero artificial.



Lobo da Tasmânia

Nativo da Austrália e Nova Guiné, o Lobo da Tasmânia é considerado o maior marsupial conhecido dos tempos modernos. Ele foi extinto em torno de 1930, em grande medida pela ação indiscriminada de caçadores. Pelo fato de ter sumido há tão pouco tempo, muitos espécimes mantém-se preservados em museus mundo a fora. Pesquisadores americanos e australianos já planejam cloná-lo para reintroduzir o animal na natureza. Eles extraíram trechos do DNA de tecido do animal com mais de um século. Depois, eles inseriram essa informação genética – que consistia num regulador de cartilagem - em camundongos. No experimento, os genes se expressaram com sucesso.



Rinoceronte peludo

Os mamutes não são os únicos mamíferos gigantes do período gelado do Pleistoceno na lista da ressurreição. Outro mega herbívoro é o Rinoceronte peludo, extinto há mais de 10 mil anos. Por ter vivido na tundra glaciar, vira e mexe partes do espécime são encontradas congeladas e bem preservadas, de onde se pode extrair DNA.







Dodo

O Dodo foi um pássaro endêmico das ilhas Maurícios, no Pacífico, que desapareceu em apenas 80 anos desde que foi descoberto por europeus, por volta do ano 1600. Por não ter predadores na ilha e conseguir alimentos em abundância, o Dodo perdeu a habilidade de voar e vivia tranquilo no nível do solo, tornando-se presa fácil para o homem. Os cientistas estão em busca de DNA suficiente para criar um clone que poderia ser implantado nos ovos de pombos, seu parente moderno. Amostras de DNA foram recentemente recuperadas de espcimes abrigados no Museu de História Natural da Universidade de Oxford.



Huia

Nativa da Nova Zelândia, essa ave de plumagem preta, com a ponta das asas e cauda branca, e papos laterais de cor laranja foi extinta no início do século XX. O último registro visual confirmado ocorreu em 1907. As fêmeas possuíam bicos longos e curvados enquanto nos machos era curto. Desde 2000, cientistas do país tentam clonar o pássaro.

EXAME

sexta-feira, 15 de junho de 2012

6 casas subterrâneas verdes

Construir uma residência enterrada no solo ou escavada em pedras é uma maneira de diminuir drasticamente as necessidades de energia e viver em sintonia com a natureza. Confira a seguir alguns projetos ecológicos até debaixo da terra.

No melhor estilo "Hobbit"

Escavada nas montanhas do vilarejo suíço da região de Vals, famosa por seus banhos termais, esta casa no melhor estilo "hobbit" pode passar facilmente despercebida se comparada com as demais que se erguem metros acima do solo, contrastando com paisagem. E é justamente esse o intuito do projeto, se misturar com a vasta natureza ao redor, como se fosse parte integrante dela. Fruto da parceria entre o arquiteto Christian Müller e o estúdio Search, a casa tem um design sofisticado e inteligente, que elimina completamente a necessidade de aquecimento e resfriamento no verão e no inverno. A terra e as plantas que contornam a estrutura formam um cobertor verde que fornece excelente isolamento e proteção contra as intempéries naturais.

Vivendo como os Teletubbies

Malator, o nome oficial dessa casa de veraneio contemporânea, que se tornou uma das obras arquitetônicas mais originais do País de Gales, perde em popularidade quando comparado ao apelido carinhoso dado (de forma muito apropriada) pela comunidade local: Teletubby. Não poderia ser diferente. O telhado de turfa, chaminé de aço e porta com olho mágico, inevitavelmente remetem ao programa infantil dos humanoides coloridos que moravam em casas subterrâneas. O projeto escavado na colina, cujo visual se funde com a paisagem ao redor, foi desenhado por Bob Marshall-Andrews e construído em 1998 para um ex-deputado do Parlamento Europeu e sua esposa.

Condomínio "Casa Terra"

O Earth House Estate Lättenstrasse é um condomínio residencial composto por nove casas construídas sob uma pequena colina, em Dietikon, na Suíça. Elas são cobertas por terra e grama, que fazem as vezes de um cobertor de isolamento eficiente para proteger da chuva, baixas temperaturas, vento e corrosão. As residências se agrupam em torno de um lago artificial, que funciona como piscina e possuem janelas de vidro reciclado grandes o suficiente para receber quantidade generosa de luz, garantindo uma iluminação natural e, principalmente, econômica. Quem assina o projeto é a firma Vetsch Architektur.

Uma "ruína moderna" nas ilhas gregas

Outro exemplo de criatividade e arquitetura verde vem das Ilhas Cíclades, na Grécia. Projetada para suportar o clima marcada por fortes ventos do Mar Egeu, esta casa do escritório Decca foi esculpida na terra entre duas encostas e possui dois andares - sendo um visível acima do solo. O projeto tem um plano em forma de caixa simples que combina com o deserto ao redor, e ainda incorpora elementos de design tradicionais da região.

De volta ao tempo das pedras

Se você nunca pensou em morar dentro de uma caverna, alguém já. Prova disso é a casa de três andares construída dentro de uma gruta de arenito, uma formação bem estável, na cidade de Festus, Missouri, Estados Unidos. Apesar de remeter aos tempos das pedras, a casa de 4 mil metros quadrados é extremamente eficiente em energia. A maior parte das paredes no interior é natural e contribui para uma atmosfera sempre fresca. Durante o inverno, o aquecimento geotérmico garante uma temperatura agradável.

Casa de pétalas

Das setes casas listadas aqui, esta em formato de pétalas de rosa é a única que ainda não saiu do papel. Ela é parte do planos do ex-capitão do time de futebol Manchester United, Gary Neville. O projeto desenhada para ser uma casa ecológica e subterrânea em Bolton, no Reino Unido, aguarda a liberação do Comitê de Planejamento da cidade. A construção terá 8000 metros quadrados e será eco-eficiente em energia. As grandes flores em forma de pétalas abertas são projetadas para deixar entrar a luz natural nos cômodos.

EXAME

terça-feira, 12 de junho de 2012

Saber Sustentável: Couro ecológico feito de látex


O projeto, de iniciativa da própria comunidade, está localizado da região de Manguari – Belterra – Pará. Sendo composta por 23 famílias que participam de todo processo de fabricação do material.

A produção inicia-se com a retirada do látex das seringueiras, em seguida coa-se o leite para retirada das impurezas, após isso, ferve-se para dar liga ao material. Terminada essa etapa, passa-se o leite sobre um tecido de algodão cru e espera-se a secagem do produto. O tingimento fica a critério, podendo usar qualquer cor. No final, o resultado é um belo trabalho na confecção de bolsas, roupas, cintos, calçados e diversos acessórios.

O projeto é desenvolvido desde 1997 e já tem clientes em vários Estados do país e na Europa também. Em 2003, com o apoio do IBAMA, os comunitários construíram galpões para facilitar a confecção do material. A produção é a principal fonte de renda dos moradores.

Essa iniciativa, além de gerar renda para os moradores locais, ajuda e valoriza as riquezas naturais, pois evita o desmatamento de novas áreas para plantio de outras culturas e mantem o ambiente com um mínimo de interferências antrópicas.

Tanto o governo quanto a iniciativa privada tem de incentivar projetos como esse, que retiram da floresta somente o necessário.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

EcoMoto: o duas rodas sem tanque


Ar comprimido substitui uso de combustível e zera emissões.

O australiano Dean Benstead criou um projeto que pode revolucionar as motocicletas. A “02 Pursuit” é movida por ar comprimido e foi destaque no Melbourne Design Award, o principal prêmio da área na Austrália. É mais uma solução de transporte alternativo de baixa agressão ao meio ambiente.

A moto não possui tanque de combustível, o que a deixa mais leve, e pode atingir até 100 km/h. O motor especial que utiliza ar comprimido se chama “DiPietro”. Futuramente pode servir como alternativa aos combustíveis fósseis.

E o melhor de tudo é que além de a moto não poluir e ser silenciosa, ainda será totalmente fabricada com materiais reciclados.

Yahoo 

sábado, 9 de junho de 2012

China lidera produção mundial de tecnologia limpa


Documento da WWF aponta que gigante asiático ultrapassou União Europeia e agora é o maior mercado de tecnologia verde do mundo, tendo alcançado vendas no patamar de €57 bilhões no ano passado.

Um novo relatório publicado pela ONG WWF revelou que a China é a nova líder mundial no setor industrial de tecnologia e energia limpa em termos absolutos, passando a União Europeia nesta marca.

O documento, intitulado ‘Economia Limpa, Planeta Vivo’, classificou 40 países a partir do valor de vendas dos produtos de tecnologia de energia limpa que eles produziram. O relatório indicou que a indústria de tecnologias verdes cresceu 10% em 2011, chegando a quase €200 bilhões. Neste ritmo, a organização prevê que até 2015 esse mercado atinja entre €240 bilhões e €290 bilhões, ultrapassando o setor de equipamentos de petróleo e gás.

A nova líder do mercado teve um crescimento no último ano de €13 bilhões, chegando a €57 bilhões. A China alcançou o segundo lugar como centro de produção com mais rápido crescimento, com 29%, tendo ficado atrás apenas de Taiwan, que cresceu 36% em 2011. Em terceiro lugar figurou a Índia, com um crescimento de 19%, em quarto a Coreia do Sul, também com 19%, e em quinto os Estados Unidos, com 17%.

A vontade política é o que separa os vencedores dos perdedores em uma economia limpa do futuro, e é isso que os rankings mostram. O governos deles investiu, e agora os vencedores estão ganhando as vendas, os empregos e a tecnologia.

Todos os países que estão ganhando os mercados globais perceberam que a tecnologia limpa é uma parte importante de suas políticas energética, econômica e industrial. Esses países estão apoiando a indústria da tecnologia energética limpa, e têm políticas estáveis de longo prazo que geram investimentos verdes. Eles incentivam as áreas certas, e agora estão colhendo os frutos.

Já a UE, que até recentemente liderava o setor, teve queda nas vendas da indústria de tecnologia limpa na maioria de seus países, como resultado da recessão econômica que atingiu o bloco, o que aumentou o risco de investimentos e reduziu-os. As vendas do setor verde caíram 5% na Europa.

Individualmente, as quedas foram de, por exemplo, 9% na Espanha, 14% nos Países Baixos e 30% na França. Apenas a Alemanha e a Dinamarca tiveram bons resultados, alcançando respectivamente o terceiro e o primeiro lugares em se tratando de vendas por porcentagem de produto interno bruto (PIB).

Se a Europa quer voltar à disputa, precisa de novas e ambiciosas metas para estimular a produção de sua tecnologia limpa para novos níveis de desempenho, e para se manter competitiva na economia do século XXI.

Mesmo o valor das vendas tendo crescido 10%, o volume aumentou ainda mais, o que indica que a energia verde está ficando rapidamente mais barata. Nesse sentido, a Europa mais uma vez teve uma má notícia: apesar dos fabricantes europeus terem vendido mais, eles ganharam menos. A queda de preço é uma boa notícia para os consumidores, mas para continuar gerando receita os fabricantes da UE têm que acompanhar a competição. A política pode ajudar, criando condições estáveis para investimento e inovação.

Brasil
O Brasil apresentou relativamente bons resultados na classificação, mantendo seu crescimento de 3% no setor de tecnologias limpas, com as vendas atingindo €7,5 bilhões em 2011. Com isso, o país ficou em quarto lugar no ranking absoluto.

De acordo com o documento, a maior parte das vendas de tecnologia verde no Brasil ficou por conta do bioetanol e do biodiesel, embora o volume de produção do bioetanol tenha diminuído 26% devido a uma má colheita no último ano, fator que foi compensado com um aumento nos preços, tendo as vendas totais caído apenas 5%. Já a produção de biodiesel no país teve um aumento de 52%.

O documento também salienta a produção de turbinas eólicas no Brasil, embora reconheça que ela ainda é volátil, tendo mostrado uma redução de 21% em 2011 devido a questões financeiras dos fabricantes. O relatório mostra que a produção de tecnologia limpa é uma grande oportunidade de negócio e um elemento essencial para trilhar o caminho do desenvolvimento sustentável.

Carbono Brasil 

Projeto quer levar floresta tecnológica ao deserto do Saara


Pesquisadores usam inovação para criar um oásis high-tech para o maior deserto do mundo. A intenção é utilizar a energia solar concentrada, água do mar e o cultivo de culturas tradicionais para conseguir água fresca.

Dessa vez, não será miragem: um oásis artificial de 200 mil metros quadrados recebeu autorização do governo da Jordânia para ser criado na cidade de Aqaba, próximo ao Mar Vermelho. Ainda que chame atenção pela dimensão, a obra é apenas um piloto. O próximo alvo é nada menos que o gigantesco deserto do Saara. 

Por trás do projeto está um grupo de pesquisadores ingleses e noruegueses, que acreditam já dispor de toda a tecnologia necessária para transformar os desertos em florestas. Sob o nome Projeto Floresta no Saara (Sahara Forest Project, em inglês), a ideia da iniciativa pode ser simples -  levar vegetação a regiões secas - mas ela surpreende pelas soluções high-tech.
A intenção é utilizar a energia solar concentrada, água do mar e o cultivo de culturas tradicionais para conseguir água fresca, comida, biomassa e energia de forma sustentável. O oásis artificial será formado por uma usina termossolar - que usa o calor do Sol para gerar energia, e não o efeito fotovoltaico das células solares - e de uma estufa "alimentada" por água salgada.

Esta estufa de água salgada, cujo funcionamento já foi atestado em projetos-piloto em pequena escala, será usada para cultivar vegetais para alimentação e algas para produzir combustíveis. Por fim, a energia solar e o clima quente do deserto, é usada para converter água salgada em água doce, que é então usada para cultivar hortaliças e algas que absorvem o gás carbônico. O projeto começa a ser construído em novembro.

EXAME

sexta-feira, 8 de junho de 2012

A Rio+20 ainda é desconhecida por muitos brasileiros


O levantamento também indicou que o meio ambiente é apenas o sexto principal problema do Brasil, apontado por 13% dos entrevistados. Além da percepção sobre a Rio+20, a pesquisa também questionou os hábitos dos brasileiros em relação às questões ambientais.

Um estudo divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente revelou que 78% da população brasileira desconhece a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. A pesquisa "O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável" ouviu mais de 2 mil pessoas de todo o País. O levantamento também indicou que o meio ambiente é apenas o sexto principal problema do Brasil, apontado por 13% dos entrevistados. A situação da saúde (81%) é a maior preocupação, seguida da violência (65%) e do desemprego (34%).

Mesmo com os baixos índices houve crescimento em relação às últimas pesquisas. Na Eco 92, quando foi realizada a primeira pesquisa, apenas 6% dos brasileiros conheciam o evento. Hoje, são 22%. Em 1992, o meio ambiente sequer aparecia na lista de prioridades. Considerando que estamos falando de todo o Brasil, este índice não é baixo. Ele representa 40 milhões de pessoas.

De acordo com o novo levantamento do Ministério, os brasileiros também desconhecem os principais conceitos discutidos no evento. A noção de consumo sustentável é ignorada por 66% do público, e o desenvolvimento sustentável por 55% da população. Os pesquisadores percorreram casas em áreas urbanas e rurais de todas as regiões e entrevistaram pessoas maiores de 16 anos. É muito preocupante que a população não esteja alertada. Se ela não assume sua responsabilidade cidadã, nós efetivamente não vamos conseguir alterar o padrão em que a gente vive. É como se isso não afetasse as pessoas no cotidiano.

Além da percepção sobre a Rio+20, a pesquisa também questionou os hábitos dos brasileiros em relação às questões ambientais, ao consumo, a separação e reciclagem do lixo. O estudo indicou que 51% da população disse que aceitaria pagar pela preservação da floresta Amazônica e que as belezas naturais são apontadas como o principal motivo de orgulho do brasileiro, com 28%.

Por outro lado, mais da metade (52%) dos entrevistados não separam o lixo em suas casas e 58% não têm costume de levar sacolas retornáveis ao supermercado. Dentre os problemas identificados pelo público, o desmatamento é considerado o mais grave (67%). A poluição dos rios e lagoas (47%) e do ar (36%), o volume do lixo (28%) e o desperdício de água (10%) também foram citados.

A responsabilidade sobre os problemas, segundo os entrevistados, é dos governos estadual, municipal e federal, respectivamente. A responsabilidade individual ocupa apenas a quarta colocação, indicada por 46% do público. Em 20 anos, o brasileiro deixou de desconhecer o ambiente. Agora é hora de olhar pra os deveres e não só para os direitos.

EXAME

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Entrevista com VANDANA SHIVA


"Financeirização da economia está na raiz da crise"

Em entrevista ao Floresta do Meio do Mundo, a ativista indiana Vandana Shiva fala sobre suas expectativas em relação a Rio+20. Ela não acredita que a conferência da ONU consiga firmar compromissos de mudanças mais significativas em função da influência das grandes corporações. Neste cenário, defende, o papel da Cúpula dos Povos adquire maior importância. Para Vandana Shiva, a crise atual não poderá ser resolvida com mais financeirização e mais mercantilização.

Vandana Shiva, que participará da Rio+20 e da Cúpula dos Povos, é a autora do livro ‘The Violence of Green Revolution’ de 1991 (A Violência da Revolução Verde), uma leitura obrigatória para o debate sobre a produção agrícola alterada pela ‘Revolução Verde’; ‘revolução’ que trouxe para o plano agrícola a lógica que impôs o uso de pesticidas e sementes transgênicas, dentre muitas outras modificações, que Vandana explora profundamente em seu livro, infelizmente ainda sem tradução para o português.

Ela é defensora dos direitos humanos e do meio ambiente, os quais infelizmente muitas vezes são defendidos como causas separadas, mas que possuem intrínseca conexão pois os dois são explorados, cada um a sua forma, pela lógica econômica capitalista.

Vandana trabalha por uma economia verde sem dogmas e não foge ao debate sobre questões necessárias para barrar o avanço da situação que se encontram tanto trabalhadores, como natureza. A ativista também levanta a bandeira da situação das mulheres indianas, da segurança alimentar e da preservação dos povos e culturas locais. É fundadora da ONG indiana Navdanya, que, entre outras agendas, estimula a agricultura orgânica local.

FLORESTA DO MEIO DO MUNDO: Infelizmente seu livro "The Violence of Green Revolution" não foi traduzido para o português até hoje. Você poderia trazer ao nosso leitor uma exposição dá época em que ele foi escrito juntamente de uma análise dos desdobramentos que se deram dos anos 80 pra cá em relação as perdas da agricultura, não só na Índia como nos outros países.

VANDANA SHIVA: Comecei a fazer a pesquisa sobre a violência da Revolução Verde em 1984, ano da violência no Punjab, onde a Revolução Verde foi implementada pela primeira vez em 1965. A Revolução Verde teve um Prêmio Nobel da Paz, mas em 1984, Punjab era uma terra de guerra. 30.000 pessoas foram mortas pela violência em Punjab, que é um número 6 vezes maior do que os mortos na tragédia do 11/9. O ano de 1984 foi também o ano do desastre de Bhopal, onde uma fábrica de pesticidas, da ‘Union Carbide’ (hoje Dow), vazou e matou 3.000 pessoas. Desde então, 30.000 pessoas morreram. Hoje a Índia é a capital da fome e dos suicídios de agricultores. Desde 1997, 250.000 agricultores foram presos por dívidas e tiraram suas vidas.

FLORESTA DO MEIO DO MUNDO: A senhora traçaria um paralelo entre o modo de produção voltado ao abastecimento e especulação do mercado, as reservas naturais e as condições que se encontram a mão de obra trabalhadora no seu país? Outras regiões do mundo trariam condições semelhantes?

VANDANA SHIVA: O modelo econômico dominante desperdiça recursos e pessoas. Apesar destes resíduos serem chamados de "eficiente" e "produtivo". Ele substituiu a produção com a especulação do capital financeiro, e do consumismo para as pessoas. Este modelo é: destruir a natureza e a sociedade em si.

FLORESTA DO MEIO DO MUNDO: Reformas ou Revolução? O que e o porque a senhora acredita ser necessário para impedir o avanço da situação de degradação das condições tanto humanas quanto naturais contemporâneas?

VANDANA SHIVA: Duas coisas são necessárias para acabar com essa deterioração. Em primeiro lugar, uma mudança de paradigma e visão de mundo. Em segundo lugar, as pessoas levantarem-se coletivamente e dizer "Basta". Chega.

FLORESTA DO MEIO DO MUNDO: A senhora terá a oportunidade de participar da Rio+20 e da Cúpula dos Povos. Quais seriam na sua opinião, as limitações e as contribuições que cada uma delas poderão nos trazer?

VANDANA SHIVA: A Rio+20 será limitada em firmar compromissos em função da influência das grandes corporações. Essas contribuições podem ser significativas, se reconhecerem a necessidade de restabelecer a harmonia com a natureza - objeto de uma sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas no ano passado - e se reconhecerem que a agricultura ecológica é o caminho para a proteção do planeta e da Segurança Alimentar. A Cúpula dos Povos, os Direitos da Mãe Terra, e o compromisso para uma transformação serão vitais.

FLORESTA DO MEIO DO MUNDO: Não haveria uma lógica comum entre os mecanismos financeiros criados em torno da questão ambiental e ativos financeiros comuns? Esta mesma lógica é capaz de lidar com problemas ambientais, criados muitas vezes por ela própria? O que a senhora poderia falar sobre este assunto?

VANDANA SHIVA: Há um provérbio africano que diz: "Você não pode colocar um bezerro dentro de uma vaca bezuntando-o com lama". A financeirização da economia e a consequente redução da economia a um casino, e os recursos do planeta e processos em mercadorias privatizadas, são a a raiz das crises ecológicas e econômicas. Estas crises não podem ser resolvidas por mais financeirização e mercantilização.

Ana Paula Salviatti - http://www.cartamaior.com.br

terça-feira, 5 de junho de 2012

Desmatamento na Amazônia Legal diminui


O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) concluiu o mapeamento e o cálculo da taxa de desmatamento na Amazônia Legal para o período agosto/2010 a julho/2011, atividades realizadas no âmbito do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes). O resultado final, obtido pela análise de 213 imagens do satélite Landsat 5/TM e DMC, computou o valor de 6.418 km2.

Esse valor representa a menor taxa de desmatamento registrada na Amazônia Legal desde que o Inpe começou a medi-la, em 1988. O Prodes computa como desmatamento as áreas maiores que 6,25 hectares onde ocorreu remoção completa da cobertura florestal – o corte raso.

A taxa de desmatamento consolidada pelo Prodes 2011 indica uma redução de 8% em relação à taxa do período anterior – Prodes 2010, em que foram medidos 7.000 km2 de desmatamento.

O valor da taxa consolidada é 3% acima do valor estimado em dezembro de 2011, que foi de 6.238 km2, este gerado com base em 97 imagens Landsat que cobrem área onde foram registrados mais de 90% do desmatamento no período anterior (agosto/2009 a julho/2010) e também os 43 municípios referidos no Decreto Federal 6.321 de  2007 e atualizado em 2009. A tabela ao lado apresenta a distribuição da taxa de desmatamento nos estados que compõem a Amazônia Legal.

Este resultado confirma a tendência de redução na taxa de desmatamento na Amazônia Legal que vem sendo observada a partir de 2005, quando foram iniciadas as atividades do PPCDAm, conforme mostram os gráficos abaixo:



Confira os dados do desmatamento desde 1988, obtidos através do sistema Prodes.

INPE

Mamífero descoberto há 20 anos continua sendo mistério


O saola, um mamífero parecido com o antílope que habita as selvas fronteiriças entre o Laos e o Vietnã, é um animal muito reservado. Cientistas conseguiram capturar com vida um exemplar que morreu em cativeiro alguns dias depois e antes que os especialistas pudessem examiná-lo.

O saola, um mamífero parecido com o antílope que habita as selvas fronteiriças entre o Laos e o Vietnã, ainda é um mistério para a comunidade científica duas décadas após seu descobrimento. É um animal extremamente reservado. Os cientistas ainda não puderam estudá-lo em estado selvagem apesar de habitarem em uma área reduzida e os capturados não conseguiram sobreviver.

As primeiras provas de sua existência datam de 1992, quando um grupo de exploradores do WWF e do Ministério de Florestas vietnamita encontrou a ossada de um exemplar que não reconheceram na choça de um caçador local na reserva nacional de Vu Quang, no Vietnã, perto da fronteira com o Laos.

O crânio, estranhamente longo para as espécies conhecidas e com dois chifres longos e retos, representava a descoberta de um novo mamífero em mais de 50 anos, quando em 1937 os cientistas encontraram uma espécie de bovino selvagem nas selvas do norte do Camboja que batizaram como kouprey.

Desde então pouco se avançou no conhecimento dos costumes e comportamentos deste escorregadio vertebrado de 90 centímetros de altura e 100 quilos, cujas primeiras imagens foram feitas em 1999 por uma câmara automática na região laosiana de Bolikhamxay. Há dois anos nessa mesma região, localizada na parte central do Laos, conseguiram capturar com vida um exemplar que morreu em cativeiro alguns dias depois e antes que os especialistas pudessem examiná-lo.

Os cientistas não puderam calcular o número de saolas (que vivem em liberdade) devido às dificuldades para detectá-los. Se as coisas vão bem, pode haver cerca de 200, mas se vão mal sua população seria inferior a dez espécimes. Os esforços para salvar o saola, classificado pelos conservacionistas como espécie "em risco crítico de extinção" redobraram desde que se confirmou no ano passado a extinção do rinoceronte-de-java no Vietnã pelas mãos de caçadores.

As autoridades do Vietnã e do Laos estabeleceram, desde a descoberta do saola, uma rede de áreas protegidas e criaram algumas reservas naturais para proteger o habitat natural deste raro exemplar. No entanto, a principal ameaça para sua sobrevivência e reprodução é a caça ilegal, embora seja assim de forma indireta porque o animal não faz parte do lucrativo negócio da venda ilegal ou da demanda da medicina tradicional chinesa.

Apesar de sua raridade, o saola é um dos poucos vertebrados da Annamita (cordilheira montanhosa que se estende por Laos, Vietnã e Camboja) sem um alto preço no mercado negro, e só é capturado pelos caçadores de maneira acidental.

Nas últimas décadas, a exploração das recônditas selvas do Vietnã e do Laos permitiu descobrir um bom número de animais e plantas até então desconhecidos. Apenas em 2010, especialistas de WWF percorreram os diferentes ecossistemas que enriquecem o delta do Mekong e descobriram 208 novas espécies, entre elas cinco plantas carnívoras e um macaco sem nariz.

O saola completou o 20º aniversário de seu descobrimento, mas não haverá mais comemorações a menos que se tomem medidas urgentes para sua proteção. 

Exame.abril
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